Educação, comunicação e docencia
Freinet e suas metaforas
Livro pedagogia do bom senso, capitulo 2
O interessante na leitura desse livro é que alem de utilizar uma linguagem clara, nos faz ver a educação como algo bem mais simples.
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Célestin Freinet |
Os seus textos estimulam vários aspectos, como a ideia de permitir que as crianças se aventurem e saiam do ambiente padrão e forçado de aprendizagem, que dessa forma, mesmo que tenham algumas dificuldades o aprendizado ocorre de maneira mais eficiente. Que se um estimulo não funciona que se busquem novas maneiras de pensar e agir em sala de aula. Que não se deve forçar o ritmo das crianças, cada um tem o seu próprio ritmo de aprendizado e é preciso respeitar isso e alem de tudo fazer com que as crianças se sintam felizes e empolgadas em estarem participando de todo o processo educativo, sempre encantadas com as coisas que estão por vir e com cede desses novos conhecimentos.
Vale bastante a leitura e apesar de muitos dos textos comparem a educação com a vida no campo em outro pais, em nada se tem dificuldade de compreensão e acima de tudo os textos se mantem bastante atuais.
Kaplun - Uma pedagogia da comunicação
Capitulo 3 do livro Educomunicação para alem do 2.0 da editora Paulinas
Em seu texto Kaplun fala sobre como a comunicação está nitidamente aliada com a pedagogia. Ele trabalha aspectos quanto aos significados de cada palavra e como as duas se relacionam entre si.
Desta forma ele aborda 3 pontos:
- educação e comunicação são a mesma coisa
- educar é sempre comunicar
- toda educação é um processo de comunicação
Mesmo que ele diga que educação e comunicação são a mesma coisa, em seu texto ele ainda faz distinções, por exemplo que nem todo ato de comunicação é um ato de educação. O que ele quer dizer com tudo isso é que é impossível educar sem que haja uma forma de comunicação, seja ela falada, por meio da leitura, por meio de vivencias culturais, tudo pode influenciar na educação. Em contrapartida conversas banais podem não trazer nada de relevante quando se trata de educação. ( ao menos foi isso que entendi desse trecho).
Kaplun discute também o que geralmente é levado em consideração em questão de se comunicar e inovar. Na grande maioria dos casos se trata educação como um processo onde o professor toma espaço num palco ou púlpito, as crianças são organizadas em filas de costas umas pras outras e dessa maneira toda a atenção deveria ser designada ao professor que seria o único ao "comunicar" o seu conhecimento e dessa forma os alunos aprenderiam por consequência, o que nem sempre funciona. Educar e se comunicar deve ser tido como um processo mutuo, onde o professor pode ensinar o aluno e o aluno ensinar o professor. A comunicação das historias de vida e experiencias pessoais são levadas em consideração nesse modelo.
Outro ponto é quando se fala em inovação, na maioria dos casos se pensa em utilizar novos computadores, projetores e tecnologias em geral nas salas de aula. Não que usar desses equipamentos seja um problema, mas se o modelo de ensino permanece o mesmo, como no caso de um professor que projeta suas aulas em uma tela e mantem seu mecanismo de ensino, não se está falando em inovação pedagógica de fato e sim, somente de ferramentas de auxilio ao docente em sua atividade. Inovar nesse caso seria buscar novas formas de ensinar e aprender, novos exercício para serem usados em sala de aula.
Outro ponto é quando se fala em inovação, na maioria dos casos se pensa em utilizar novos computadores, projetores e tecnologias em geral nas salas de aula. Não que usar desses equipamentos seja um problema, mas se o modelo de ensino permanece o mesmo, como no caso de um professor que projeta suas aulas em uma tela e mantem seu mecanismo de ensino, não se está falando em inovação pedagógica de fato e sim, somente de ferramentas de auxilio ao docente em sua atividade. Inovar nesse caso seria buscar novas formas de ensinar e aprender, novos exercício para serem usados em sala de aula.
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Freinet e seus alunos |
Para exemplificar melhor esses argumentos, Kaplun fala sobre o experimento de Freinet em uma escola no interior da frança, no qual crianças de varias idades trabalhavam juntas na criação de um jornal local. Com essa atividade as crianças não somente trabalhavam a escrita, leitura, como aprendiam novas técnicas, o trabalho em equipe, faziam pesquisas sobre varias áreas condizentes com a cultura local e se motivavam ao saberem que estavam produzindo material útil ao invés de simples anotações em cadernos que no ano seguinte seriam já totalmente esquecidas. Tornar o conhecimento publico fazia com que os alunos tivessem mais esmero em suas atividades e portanto se esforçassem mais e tivessem mais orgulho de seus trabalhos.
Esse foi só um exemplo de atividade inovadora e diferenciada, acima de tudo pela época que ocorreram os fatos ainda. Cabe aos educadores hoje pensarem em novas propostas de aprendizado, buscarem inovar e melhorar suas comunicações com seus alunos.
Paulo Freire - Não há docência sem discência
FREIRE, Paulo. Pedagogia da autonomia: saberes necessários à prática educativa. São Paulo: Paz e Terra, 1996.
Leitura: Primeiras palavras e Capítulo 1 (Não há docência sem discência - pg.13 a 26).
Analise:

Em suas primeiras palavras Paulo Freire mostra o seu descontentamento com aqueles que não se esforçam à mudar os ares educacionais, que não têm paixão pelo estudo e a criticidade. A partir dessas ideias ele trás diversos conceitos do que seria a docência verdadeira e de como aprender consiste em estar sempre aprendendo também.
Freire constata que " ensinar não é transferir conhecimento, mas criar possibilidades para sua produção ou a sua construção" e que "quem ensina aprende ao ensinar e quem aprende ensina ao aprender". Esses dois trechos são bem interessantes e fomentam boas discussões, é a ideia que tantos outros pensadores da educação veem discutindo, a questão da participação dos professores e alunos em conjunto nos processos de aprendizagem, a questão de instigar a buscar por conhecimento. O professor aprende por meio da pesquisa, o estudo nunca deve parar, e por meio do seu convívio com seus alunos.
Se o professor não puder se enxergar como aluno e como alguém que está sempre à aprender coisas novas, o professor de fato não pode se considerar um verdadeiro docente.
A pratica do ensinar-aprender é o que propicia uma experiencia completa ( ideológica, politica, social...).
Quanto ao ensino "bancário", o ensino que só "deposita" montantes de conhecimento aos alunos, é interessante ver que não se prega o total desprezo, não se trata como se fosse totalmente inútil. Nem tão pouco se defende. O que se põe em prova é a curiosidade e a força do ser humano, que mesmo num sistema como esse é capaz de ir além, de pesquisar e de ai portanto descobrir novas possibilidades. Esse ensino pode abrir novos horizontes aqueles tiveram criticidade e buscaram ir além do que lhes foi jogado.
Freire fala ainda sobre a rigorosidade do ensino, não do modo como a palavra prega, que parece ser algo rude, mas sim com o total compromisso com as praticas educativas e o estudo. O fato de ler livros, não para se passar por intelectual, mas para tentar de fato compreender todas as nuances e ensinamentos que ali podem ser oferecidos. A ideia é conhecer o novo sempre para trazer sempre essas novidades e inovações para a sala de aula.
Ensinar também é uma questão de respeito, de não forçar as capacidades e nem desprezar os conhecimentos dos outros, ensinar é somar tudo, todas as experiencias e adaptar a sua aula para que todos se sintam parte daquele ambiente educativo.
Paulo Freire gosta de usar alguns termos quanto à beleza das coisas, acredito que seja até uma ótica da paixão pessoal pelo tema. No texto se fala de pureza dos saberes, de fazer o certo, ético e moral. Ignorando os desvios por mais facilidades que ofereçam. A busca da segurança dos argumentos e a capacidade de defende-los sem que ofendam à outrem.
Educar e aprender exige a rejeição a todo e qualquer tipo de preconceito, e por isso a constante renovação dos conceitos e saberes, mesmo que pessoalmente seja dificil de aceitar novas possibilidades, é preciso se pensar adianta e tornar o ambiente educacional mais seguro e amigável para todos.
"O que importa, na formação docente, não é a repetição mecânica do gesto,
este ou aquele, mas a compreensão do valor dos sentimentos, das emoções, do desejo, da
insegurança a ser superada pela segurança, do medo que, ao ser “educado”, vai gerando a coragem." Freire, Paulo
Leitura: Primeiras palavras e Capítulo 1 (Não há docência sem discência - pg.13 a 26).
Analise:

Em suas primeiras palavras Paulo Freire mostra o seu descontentamento com aqueles que não se esforçam à mudar os ares educacionais, que não têm paixão pelo estudo e a criticidade. A partir dessas ideias ele trás diversos conceitos do que seria a docência verdadeira e de como aprender consiste em estar sempre aprendendo também.
Freire constata que " ensinar não é transferir conhecimento, mas criar possibilidades para sua produção ou a sua construção" e que "quem ensina aprende ao ensinar e quem aprende ensina ao aprender". Esses dois trechos são bem interessantes e fomentam boas discussões, é a ideia que tantos outros pensadores da educação veem discutindo, a questão da participação dos professores e alunos em conjunto nos processos de aprendizagem, a questão de instigar a buscar por conhecimento. O professor aprende por meio da pesquisa, o estudo nunca deve parar, e por meio do seu convívio com seus alunos.
Se o professor não puder se enxergar como aluno e como alguém que está sempre à aprender coisas novas, o professor de fato não pode se considerar um verdadeiro docente.
A pratica do ensinar-aprender é o que propicia uma experiencia completa ( ideológica, politica, social...).

Freire fala ainda sobre a rigorosidade do ensino, não do modo como a palavra prega, que parece ser algo rude, mas sim com o total compromisso com as praticas educativas e o estudo. O fato de ler livros, não para se passar por intelectual, mas para tentar de fato compreender todas as nuances e ensinamentos que ali podem ser oferecidos. A ideia é conhecer o novo sempre para trazer sempre essas novidades e inovações para a sala de aula.
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Ilustração sobre educação bancaria e o corte das ideias e da opnião critica |
Paulo Freire gosta de usar alguns termos quanto à beleza das coisas, acredito que seja até uma ótica da paixão pessoal pelo tema. No texto se fala de pureza dos saberes, de fazer o certo, ético e moral. Ignorando os desvios por mais facilidades que ofereçam. A busca da segurança dos argumentos e a capacidade de defende-los sem que ofendam à outrem.
Educar e aprender exige a rejeição a todo e qualquer tipo de preconceito, e por isso a constante renovação dos conceitos e saberes, mesmo que pessoalmente seja dificil de aceitar novas possibilidades, é preciso se pensar adianta e tornar o ambiente educacional mais seguro e amigável para todos.
"O que importa, na formação docente, não é a repetição mecânica do gesto,
este ou aquele, mas a compreensão do valor dos sentimentos, das emoções, do desejo, da
insegurança a ser superada pela segurança, do medo que, ao ser “educado”, vai gerando a coragem." Freire, Paulo
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