Analises sobre educomunicação, diálogos e mídias.
Educação e comunicação: possibilidades de um caminho integrado em prol do dialogo e da cidadania - Artigo de Rafaela Pinheiro
O artigo de Rafaela Pinheiro retoma alguns conceitos já trabalhados em sala de aula e já discutidos em outro texto.
Neste artigo são trabalhados os estudos de Martin Barbero e sua teoria do desenvolvimento dos Estudos de Recepção, agora não se trata mais de um professor que tem poder de todo o polo de conhecimentos e sua função é de unica e simplesmente transmissão. Trata-se agora de docentes e discentes como sujeitos de ação em comunicação e transmissores de conteúdo em conjunto.
O texto trabalha também o conceito da introdução das mídias digitais na vida dos receptores e de como é fundamental que os educadores como os membros da comunidade pedagógica trabalhem o desenvolvimento de uma visão critica, analítica e compreensiva de tudo e todo conteúdo no qual os receptores são expostos.
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Estudo de mídias sociais na educação |
Deve-se considerar também a autonomia dos receptores e aceitar as suas contribuições, opiniões e as maneiras como constroem seus repertórios baseados em suas experiências. Dessa forma passa-se a trabalhar e estudar os resultados dos diálogos e interações entre os emissores e receptores.
O artigo retoma diálogos já trabalhados nesse blog como os objetos de pesquisa de Kaplun e Paulo freire quanto a questão da educação comunicativa e a importância dos processos de interação entre professores e alunos e como apesar de educação ser uma via dupla não se é retirada a importância do professor em sala de aula, sendo este mais um orientador do desenvolvimento dos alunos do que um simples portador de conversas casuais.
Inserir somente meios digitais nas escolas não significa incentivar o dialogo.
Inserir somente meios digitais nas escolas não significa incentivar o dialogo.
Paulo freire defendia que a educação com relação as mídias deveria trabalhar acima de tudo o pensamento critico e analítico e dessa forma criando cidadãos conscientes.
A educomunicação diz respeito também em como o conselho pedagógico pode influenciar aos seus alunos a criarem materiais pedagógicos também baseados em seus sensos críticos e criativos, dessa forma sendo os receptores emissores pra si próprios e outros a quem possam se comunicar.
Neste artigo Soares tenta explicar o que é Educomunicação para o mesmo. O autor deixa bem claro no texto que prefere não fazer citações de outros pensadores, tanto por medidas de não datar o tema como de não fechar o campo dos estudos somente para aqueles que decidiram falar inicialmente
EDUCOMUNICAÇÃO - O QUE É ISTO?
Artigo de Donizete Soares

Neste artigo Soares tenta explicar o que é Educomunicação para o mesmo. O autor deixa bem claro no texto que prefere não fazer citações de outros pensadores, tanto por medidas de não datar o tema como de não fechar o campo dos estudos somente para aqueles que decidiram falar inicialmente
do assunto.
No texto temos o reforço dos discursos de diálogos como ferramenta educacional, reforço ainda na etimologia da palavra que seria união das palavras educação e comunicação, mas acrescenta ainda a importância da palavra 'ação', pois segundo ele não bastam teorias e pesquisas, a educação não ocorre dessa maneira linear, é preciso ação para que tanto a comunicação como a educação ocorram.
O objetivo da educomunicação não seria fazer testes, experimentos ou criações de teorias e sim provas praticas da transdiscursividade, multidisciplinaridade e o respeito às pluralidades culturais.
Soares fala no texto de que o importante na educomunicação é o processo, e tem esta como uma palavra chave, ele chega a afirmar que os resultados obtidos não são importantes, apenas o processo em si implica como educomunicação. A priori discordei desta parte do discurso, até porque acredito que o processo de educomunicação surja justamente com o objetivo de alterar os resultados, de melhorar o rendimentos dos envolvidos e de permitir que as as pessoas se achem confortáveis com certas áreas do conhecimento e a partir dai se sintam livres para explorar.
Por outro lado concordo fortemente quando enfatiza que o processo é a parte diferencial, assim como o próprio nome já diz, é no processo que as ações ocorrem, que os sujeitos se conhecem e entendem suas diferenças e a partir dai são obtidos os resultados dessas interações.
O que ele tenta explicar na verdade quando fala que os resultados não são importantes é que não existe um resultado certo, não estamos tratando com formulas matemáticas por exemplo, estamos lidando com relações sociais e por isso os resultados podem ser diversos.
Soares fala ainda que educomunicação não se trata somente de juntar pessoas para falar sobre um determinado tema. assim como quem grava um programa de radio, a educomunicação necessita que as pessoas fujam do senso comum e dos achismos, que para se comunicarem haja pesquisas, que as pessoas busquem se informar e que construam opiniões próprias e não simplesmente baseadas no que se ouve.
A partir dai surge o conceito do sujeito autônomo e uma educação horizontal. Neste modelo ninguém é mais importante que ninguém, todos estão no mesmo patamar e existe um sentimento de cooperação coletivo. O sujeito autônomo é aquele que busca sempre melhorar, mas não no sentido da competição ou de se tornar melhor que todos os outros, e sim um sujeito que busca a melhoria como medida de auto conhecimento e para melhorar sua participação dentro de uma equipe. É o esforço não voltado para o egoismo mas sim para o bem público.
Não competir significa que você pode melhorar sem desrespeitar os outros ou ferir as capacidades e os estímulos das outras pessoas. É tentar fazer com que todos subam de nível juntos.
A educomunicação surge com um novo discurso não linear academicista, que não delimita começo meio e fim e sim um longo processo onde o que importa é a discussão, a analise, os argumentos e a ponderação dos fatos para a criação de ideias, comportamentos e opiniões sobre os diferentes discursos.
No texto temos o reforço dos discursos de diálogos como ferramenta educacional, reforço ainda na etimologia da palavra que seria união das palavras educação e comunicação, mas acrescenta ainda a importância da palavra 'ação', pois segundo ele não bastam teorias e pesquisas, a educação não ocorre dessa maneira linear, é preciso ação para que tanto a comunicação como a educação ocorram.
O objetivo da educomunicação não seria fazer testes, experimentos ou criações de teorias e sim provas praticas da transdiscursividade, multidisciplinaridade e o respeito às pluralidades culturais.
Soares fala no texto de que o importante na educomunicação é o processo, e tem esta como uma palavra chave, ele chega a afirmar que os resultados obtidos não são importantes, apenas o processo em si implica como educomunicação. A priori discordei desta parte do discurso, até porque acredito que o processo de educomunicação surja justamente com o objetivo de alterar os resultados, de melhorar o rendimentos dos envolvidos e de permitir que as as pessoas se achem confortáveis com certas áreas do conhecimento e a partir dai se sintam livres para explorar.
Por outro lado concordo fortemente quando enfatiza que o processo é a parte diferencial, assim como o próprio nome já diz, é no processo que as ações ocorrem, que os sujeitos se conhecem e entendem suas diferenças e a partir dai são obtidos os resultados dessas interações.
O que ele tenta explicar na verdade quando fala que os resultados não são importantes é que não existe um resultado certo, não estamos tratando com formulas matemáticas por exemplo, estamos lidando com relações sociais e por isso os resultados podem ser diversos.
Soares fala ainda que educomunicação não se trata somente de juntar pessoas para falar sobre um determinado tema. assim como quem grava um programa de radio, a educomunicação necessita que as pessoas fujam do senso comum e dos achismos, que para se comunicarem haja pesquisas, que as pessoas busquem se informar e que construam opiniões próprias e não simplesmente baseadas no que se ouve.

A partir dai surge o conceito do sujeito autônomo e uma educação horizontal. Neste modelo ninguém é mais importante que ninguém, todos estão no mesmo patamar e existe um sentimento de cooperação coletivo. O sujeito autônomo é aquele que busca sempre melhorar, mas não no sentido da competição ou de se tornar melhor que todos os outros, e sim um sujeito que busca a melhoria como medida de auto conhecimento e para melhorar sua participação dentro de uma equipe. É o esforço não voltado para o egoismo mas sim para o bem público.
Não competir significa que você pode melhorar sem desrespeitar os outros ou ferir as capacidades e os estímulos das outras pessoas. É tentar fazer com que todos subam de nível juntos.
A educomunicação surge com um novo discurso não linear academicista, que não delimita começo meio e fim e sim um longo processo onde o que importa é a discussão, a analise, os argumentos e a ponderação dos fatos para a criação de ideias, comportamentos e opiniões sobre os diferentes discursos.
Educomunicação e Educação Midiática: vertentes históricas de aproximação entre Comunicação e Educação - Ismar de Oliveira Soares
Esse texto difere particularmente dos outros já citados, nesse caso vemos mais uma descrição histórica de como os conceitos e praticas da educomunicação e educação midiática foram adotados pelos países ao redor do mundo .
Com a invasão de certas tecnologias na vida publica e a falta de preparo social para recebe-las fazia com que qualquer tipo de assunto e tema pudesse ser produzido. O texto relata de união de varias religiões por exemplo se unindo para protestar contra os perigos representados pelas mídias e como isso poderia influenciar as infâncias e a juventude.
Começa-se a pensar nas mídias e no seu contexto de responsabilidade social. A partir dai a ideia de se criar projetos que informem sobre as mídias, pois dessa forma seria menos provável que os jovens fossem prejudicados de alguma forma pelas mesmas. Os governos começam a criar manuais de uso das mídias e a distribuir nas escolas.
Se percebeu que as mídias tinham tamanho poder que passou-se a pensar nas mesmas como mecanismos de ensino comportamental, de manipulação inclusive para propostas educacionais, de forma que o emissor tivesse prevalência e poder sobre os receptores e assim a ideia de uma audiência passiva. Com isso começaram a ser criados materiais "educativos" que desprezavam as experiências pessoais, dotavam de preconceitos e estereótipos tudo com fins de obter o resultado "moral" desejado.
Para estudar e pensar em novas situações varias ongs se uniram, a Unesco e os conselhos de vários países buscando por novas maneiras de lidar com as mídias, a comunicação e a educação.
A Partir dai alguns pensadores puseram em voga a ideia de que a educação midiática não era mais só um conceito de sala de aula e sim cultural. Quando se cria uma nova maneira de comunicação, uma nova tecnologia é preciso ensinar a sociedade como utiliza-la. é uma ideia muito mais ampla do que o que parecia.
Com as mídias cada vez mais dentro do espaço cultural da sociedade foi permitido que esses meios reentrassem e ingressassem de fato como facilitadores educativos. Passaram-se a surgir ideias de rádios e tv's escolares, agora dirigido pelos alunos. Uma maneira de apresentar as mídias como desenvolver novas habilidades nos estudantes e estimula-los à tarefas diferenciadas.
As praticas educomunicativas evoluíram também para abraçar novos horizontes como as campanhas de meio ambiente e em prol da natureza. Criou-se todo um novo conceito de educação sócio-ambiental e cultural.
Hoje as mídias estão praticamente sempre presentes nos ambientes familiares e escolares. E apesar de muito dos progressos já feitos ainda não se é suficiente para que ocorra de fato e em larga escala a fixação dos processos educomunicativos em sala de aula.
Com a invasão de certas tecnologias na vida publica e a falta de preparo social para recebe-las fazia com que qualquer tipo de assunto e tema pudesse ser produzido. O texto relata de união de varias religiões por exemplo se unindo para protestar contra os perigos representados pelas mídias e como isso poderia influenciar as infâncias e a juventude.
Começa-se a pensar nas mídias e no seu contexto de responsabilidade social. A partir dai a ideia de se criar projetos que informem sobre as mídias, pois dessa forma seria menos provável que os jovens fossem prejudicados de alguma forma pelas mesmas. Os governos começam a criar manuais de uso das mídias e a distribuir nas escolas.
Se percebeu que as mídias tinham tamanho poder que passou-se a pensar nas mesmas como mecanismos de ensino comportamental, de manipulação inclusive para propostas educacionais, de forma que o emissor tivesse prevalência e poder sobre os receptores e assim a ideia de uma audiência passiva. Com isso começaram a ser criados materiais "educativos" que desprezavam as experiências pessoais, dotavam de preconceitos e estereótipos tudo com fins de obter o resultado "moral" desejado.
Apesar de tudo, o que os defensores dessa ideologia não levaram em consideração foi a existência de um senso critico e analítico dos receptores sobre esses materiais. Passou a surgir o sentimento de rejeição e rejeição também aos sistemas educativos e ao próprio programa de educação midiática que a priori tinha boas intenções.
Para estudar e pensar em novas situações varias ongs se uniram, a Unesco e os conselhos de vários países buscando por novas maneiras de lidar com as mídias, a comunicação e a educação.
A Partir dai alguns pensadores puseram em voga a ideia de que a educação midiática não era mais só um conceito de sala de aula e sim cultural. Quando se cria uma nova maneira de comunicação, uma nova tecnologia é preciso ensinar a sociedade como utiliza-la. é uma ideia muito mais ampla do que o que parecia.
Com as mídias cada vez mais dentro do espaço cultural da sociedade foi permitido que esses meios reentrassem e ingressassem de fato como facilitadores educativos. Passaram-se a surgir ideias de rádios e tv's escolares, agora dirigido pelos alunos. Uma maneira de apresentar as mídias como desenvolver novas habilidades nos estudantes e estimula-los à tarefas diferenciadas.
As praticas educomunicativas evoluíram também para abraçar novos horizontes como as campanhas de meio ambiente e em prol da natureza. Criou-se todo um novo conceito de educação sócio-ambiental e cultural.
Hoje as mídias estão praticamente sempre presentes nos ambientes familiares e escolares. E apesar de muito dos progressos já feitos ainda não se é suficiente para que ocorra de fato e em larga escala a fixação dos processos educomunicativos em sala de aula.
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